O
verão é a estação em que as pessoas se expõem mais ao ar-livre, os parques, as
praças, as praias e clubes sempre cheios. É a estação da interação entre as
pessoas e com a natureza. O calor é tanto que não tem como evitar aquele banho
na piscina e acabamos mais tempo expostos aos raios solares. E é justamente
nesse período que os raios solares estão mais fortes e intensos, por isso os
cuidados e preocupações com a pele devem ser redobrados, principalmente àquelas
pessoas com pele clara e com pré-disposição ao aparecimento de manchas, sardas
ou pintas, que devem redobrar os cuidados.
Os
raios podem, em longo prazo, com efeito cumulativo, podem alterar células para
o lado maligno e virar câncer de pele. Para que isso não ocorra a
dermatologista Luciane
Prado de Vargas, explica que precisamos evitar exposição solar desnecessária,
“os banhos de sol devem ser desestimulados e o uso do protetor solar nas áreas
expostas diariamente deve ser encorajado”. Completa que “em casos em que a
exposição solar se faz necessária, além do fotoprotetor maior ou igual a 30,
também devem ser usados roupas, chapéus e óculos de proteção”.
O aparecimento dos sinais na pele pode ser
congênito, podemos nascer com as pintas, ou podem ser adquiridos ao longo da
infância e vida adulta. Quanto aos melanomas, que possui potencial maligno,
costumam surgir na vida adulta ou nos idosos e podem ser decorrentes de sinais
benignos que por inúmeros fatores se modificam e passam apresentar potencial maligno. A dermatologista nos esclarecer que os sinais
podem ser de dois tipos: nevos melanocíticos, que são benignos, ou podem ser um melanoma,
que possui um potencial maligno, a Drª explica:
- Os nevos melanocíticos
são lesões benignas formadas pelo agrupamento de melanócitos e de células
névicas na pele. Já o segundo tipo é um pouco mais perigoso: é o melanoma. O
melanoma pode ter um aspecto semelhante a de um nevo melanocítico, entretanto,
tem um potencial maligno. Os melanomas são formados por células
cancerígenas, podendo inclusive causar metástases à distância.
Para monitorarmos estes sinais ao longo da vida
existe a regra do ABCD que identificam se o sinal é maligno ou benigno, a Drª
Luciane nos esclarece que “a regra do ABCD, tem por principio identificar A=
Assimetria; B= bordas irregulares; C= cor( duas ou mais cores); D= diâmetro
( diâmetro maior que 6mm)”, conforme a ilustração. A regra pode servir para que
a própria pessoa possa monitorar os sinais da pele e ao identificar alguma
alteração deve procurar o dermatologista.
Quando as pintas começam a apresentar mudanças em
suas características ou apresentar sangramentos deve-se recorrer a avaliação do
profissional que avaliará as alterações dos sinais, através da dermatoscopia,
com o dermatoscópio, que segundo a Drª Luciane “é um aparelho simples portátil
que os dermatologistas possuem e que permite avaliar melhor os nevos.” Quando
há alterações se avalia a necessidade de retirar os sinais, um procedimento que
em geral é simples comenta Luciane, com a extração a "pinta" é
enviada para análise para se confirmar se é benigno ou se é um melanoma ou pré
melanoma. A dermotologista alerta que avaliação precoce é extremamente
importante, “pois o melanoma, apesar de ser um câncer com alto potencial de
metástases, quando diagnosticado precocemente, tem altíssimas taxas de cura (mais
de 90%)”.
Por isso, não deixem de se cuidar tomar os cuidados
necessários para uma boa saúde da pele. Fugir do sol, se proteger dos raios com
chapéus, óculos, roupas e protetor solar. Também vale a observação da pele, ao
identificar qualquer alteração rapidamente procurar auxilio de um profissional.
Colaborou com a nossa matéria:
Dermatologista Luciane Prado Vargas, CRM 27813
Atende na Av. Presidente Vargas, 2355, Sala 802.
Policlínica Wilson Aita
Telefone: 3027-3144
Jornalista responsável
Carolina Moro
MTB 16364